Dia 7!

Passei o dia em casa. Nada de novo. Fiz a dieta numa boa.

À noite é que veio o porém. Fomos ao supermercado para fazer compras e todas aquelas tentações pulavam na minha frente como se tivessem vida. O estande de queijos nunca teve tanta novidade. A seção de biscoitos nunca tão convidativa. E as geladeiras e seus sorvetes? E as cervejas? Tentei passar batido, mas não adiantou. Ir às compras com os filhos faz a gente passar por todas as guloseimas possíveis e, posso jurar, elas chamam seu nome.

Só comprei para mim o que é permitido: H2OH, leite Molico, pão light, cereal e iogurte. Alguém pode explicar o porquê de os produtos light serem mais caros? Comprei uma lata de creme de leite light para fazer um molho para a salada que o Dr. Armênio ensinou e custou mais de 3 reais. É muito caro! Gordo sofre!

Acabou o sétimo dia. Amanhã começa uma nova semana e é dia de pesagem. Será que perdi algum peso? Espero que sim. Seria péssimo tanto aperto e nenhum resultado.

Vamos que vamos!

Dia 6!

Acordei meio perdido hoje, sem a menor vontade de trabalhar. Olhei desconfiado para o lado de fora de casa para ver como estava o tempo. Estava feio, mas decidi arriscar ir de moto mesmo. Comi aqueles flocos de milho de todo dia, peguei minha "merenda", o jornal e parti para a pista. O trânsito estava nervoso e complicado, mesmo de moto. A pista estava molhada, mas pelo menos não choveu enquanto eu passava por ela.

O dia no escritório foi cheio, com muito trabalho. A primeira coisa que comi foram as uvas thompson que minha mulher mandou. Depois, o almoço merreca de sempre. Mais tarde é que veio a boa: um pote com melão em cubinhos preparado com carinho pela Baixinha (minha digníssima). Estava delicioso, doce como mel.

A Déa, que trabalha na digitação, fez aniversário hoje. Encomendaram uma torta alemã para ela, mas chegou toda tortinha mesmo. Ligaram para reclamar e pedir outra, mas não havia mais do mesmo tipo. Só tinha igual à de anteontem, ou seja, de chocolate com cobertura de chocolate, pedaços de chocolate e morango.  MUITO CHOCOLATE! Quando chamaram para cantar o parabéns, perguntei brincando se estavam de sacanagem comigo. Dei o parabéns e fugi para a minha sala. Não quis correr o risco de ficar tentado. Sabe o que comi? Kiwi! De novo! Ô, dó!

Quando saí, peguei o mesmo caminho do dia anterior e acabei parando na Blockbuster para trocar os filmes. Dei de cara com o setor de chocolates e fui até lá. Comprei logo três barras... uma para o Renan, meu filho mais velho; outra para o Ricardo, meu filho mais novo; e outra para a Sayo, minha baixinha (pensou que era para mim, né?). De lá, liguei para casa e perguntei se queriam churrasquinho. Foi uma gritaria danada. Passei lá no Tarzan e encontrei o Joel traçando uma loira original geladíssima. Bati um papo com ele sem beber, mas cheio de vontade e de água na boca. Pedi uns espetinhos e levei para casa. Não bebi uma gotinha seguer da minha cervejinha.

Quando cheguei a casa, fomos todos para a cozinha comer churrasquinho e só churrasquinho. Dei os chocolates aos donos, que não perderam tempo em comer a sobremesa. O engraçado é que não fiquei com vontade de comer o chocolate que vi à minha frente. Acho que o cheiro já me satisfez. Peguei o lap top e escrevi aqui mesmo na cozinha. Agora, vou desligar e vou dormir. Estou cansado e cheio de sono. Amanhã é dia de ir a supermercado. Programão, hein?

Vamos que vamos!

Dia 5!

Hoje eu acordei com uma vontade enorme de comer pão. Mal abri os olhos, pão! Não lembro se sonhei com o nosso de cada dia, mas acordei com ele na cabeça... ou seria o estômago mandando mensagens ao meu confuso cérebro? Não sei! Só sei que comi cereal com leite semi imaginando que estava comendo um pãozinho francês quentinho cheio de manteiga que derretia, mas não funcionou. Por que será?

Cheguei ao escritório e procurei saber a situação do amigo Marcelo. Minha amiga Ana, menina sapeca, que é amicíssima dele, já tinha as novidades e, graças a Deus, eram reconfortantes: "O quadro dele está estável. Acordou ontem mesmo e hoje está se comunicando por gestos. Está caminhando. Está bem.". Estou na torcida por sua pronta recuperação.

O resto do dia transcorreu normal, com muito trabalho e poucas novidades. Mais um dia sem doces, salgadinhos, ou afins. Na verdade, apareceu um vendedor no escritório com uma bolsa cheia de salada de frutas. O cara fez a festa. Ele ainda oferecia leite condensado e groselha para calibrar a sobremesa. A galera fartou-se. Eu fiquei só com a salada mesmo, sem nada para turbinar. Foi minha sobremesa de almoço.

Saí do escritório e fui para a Ilha. Passei na Blockbuster para devolver uns filmes e pegar outros. Quando entro na loja, dou de cara com o setor de chocolates. Desviei o olhar rapidamente, mas não adianta, eles espalham minha iguaria preferida pela loja inteira.  É Flórida! Corri para os filmes, peguei-os e disparei em direção aos caixas. Já viu a quantidade de doces que eles colocam neste maldito corredor? Bruta sacanagem!

Quando saí da loja, fiquei aliviado. Mas por pouco tempo. Senti um cheiro de pizza alucinante vindo do outro lado da rua e a boca encheu d'água. Sabia que tinha uma pizzaria ali, mas nunca senti cheiro de nada. Acho que a abstinência está ampliando os meus sentidos! O olfato está igual ao do Wolverine, sentindo cheiros de longe, só que no meu caso é seletivo: só de comida!

Montei na moto, coloquei o capacete e fui buscar a patroa no curso. Ao chegar lá, o pipoqueiro estava acabando de preparar o seu produto de venda. Aquele aroma de cinema no ar. Veio então o primeiro ronco, não do motor, mas do estômago. Fomos para o aconchego do lar. A Sayo, minha patroa (ela detesta que eu a chame assim), preparou filé de dourado e salada com capricho. O prato fica lindo, mas como é ruim o tal do agrião quando não está cozido junto da rabada. Gordo de regime sofre!

Vamos que vamos! Faltam 360!

Dia 4!

Comecei o dia como o de ontem, pelo menos no que se refere ao café da manhã. Peguei a moto e fui trabalhar. Quando cheguei lá, uma notícia triste. Um colega, querido de todos, estava entrando em cirurgia por conta de um infarto do mesentério. Fizemos uma prece pedindo proteção ao amigo e que tudo corresse bem. Mais tarde, recebemos a informação de que ele havia saído da cirurgia e que ficará quarenta e oito horas em observação no CTI. Força, Marcelo. Força, infante!

Por outro lado, foi aniversário da Ceni, que trabalha a meu lado há mais de oito anos. Saímos para almoçar, eu, ela, a Inalda, a Mere, o Júnior e a Verônica. Primeira vez que almoço fora desde que comecei o regime (como se fizesse tanto tempo assim). Fomos a um restaurante self-service e é sempre um perigo, visto que as opções do buffet são muitas. Peguei o prato e enchi de folhas: alface, agrião e rúcula. Tomate, cebola e palmito também. Abri mão do arroz e do feijão. Peguei um bife a cavalo e um pedaço de salmão. Mais nada. Seria um bom almoço, não fossem as folhas. Será que um dia eu me acostumo com elas?

Voltamos ao escritório depois do almoço e trabalhamos normalmente. Garrafa de água ao meu lado e minhas frutas. A pêra estava ótima, mas as uvas não. Mais tarde veio a tentação. Compraram um bolo para comemorar o "niver" da Ceni. E não foi um qualquer, mas um de chocolate com cobertura de chocolate, pedaços de chocolate e morango.  MUITO CHOCOLATE! Uma delícia só de ver. Cantamos o parabéns e ela resolveu partir o primeiro pedaço em três. Um deles foi meu. Agradeci, disse a ela que não podia comer, dei o pedaço para o Sagat e  fugi para a minha sala. Resistência é a ordem! Em vez de bolo, comi kiwi.

Ainda pela manhã, um fato inusitado, típico da minha falta de atenção. Na hora de tomar o remédio, percebi que estava usando a dosagem errada. A receita é dividida em dois frascos com cápsulas diferentes. Eu estava ingerindo uma de cada. Descobri, depois de três dias, que um dos frascos tem cento e vinte cápsulas e não sessenta. Isto porque, deste frasco, tenho que ingerir duas e não uma. Só eu mesmo! A partir de hoje, com certeza, farei o correto.

Agora, em casa, enquanto escrevo estas linhas, a patroa prepara minha sopa de ervilha para o jantar. Depois do suadouro, vou tomar um banho refrescante e vou deitar. Acho que a dose dobrada do remédio deu-me mais sono ainda. Não vou nem secar a cachorrada que está jogando agora. Vou deixar a secação para o domingo.

Fui!

Dia 3!

Ainda na alegria do dia anterior e feliz por ter resistido bravamente às tentações do coquetel de lançamento da revista Flamengo, levantei animado. Entretanto, estava cansado por conta do temporal que peguei de moto quando saí da Gávea para casa. Assim, comi meu cereal matinal com leite semidesnatado, peguei o carro e fui ao encontro da minha mãe. Peguei uma carona no táxi dela e fui para o trabalho com minha "lancheira" de frutas preparada com carinho pela Dona Patroa.

Foi um dia chocho, meio monótono e sem novidades, porém tranquilo. Comi minha frutas, almocei e tomei meu remédio, tudo como programado e nada de doces ou quitutes. O dia de trabalho terminou e peguei carona com a minha mãe para voltar para a Ilha. Peguei meu Ipod para assistir a um video no caminho e acabei ficando enjoado, acho que forcei demais a vista. Quando cheguei a casa, minha mulher, preocupada, resolveu medir minha pressão. Estava 13X9, que é o meu normal, mas estava tão enjoado que não quis jantar. Só há pouco que comi um pedaço de queijo branco e uma pêra.

Dia sem graça, não? Mas fazer o quê? Dia de muito é véspera de pouco! Assim, já foram três dias de regime. Será que perdi algum peso? Pelo menos meio quilo? Resposta só no domingo.

Vamos que vamos!

Dia 2!

Foi um dia especial. O café da manhã foi aquele tiquinho de cereal com leite semidesnatado "delicioso". Ainda bem que foi adoçado com a leitura do jornal falando sobre a bela vitória do Mengão sobre o Porco. A patroa separou umas frutas para eu levar. Peguei a motoca e fui trabalhar.

Tomei o remédio do regime às dez horas, como determinado, e ele me deu um sono danado. Fiquei um bom tempo do dia sonolento. Falei com minha tia Graça e ela disse que é normal na primeira semana, bem como ir ao banheiro toda hora para urinar. Bom, às onze comi uma maçã e às catorze aquele almoço sagaz: arroz, feijão, carne, tomate e cebola. Umas uvinhas de sobremesa. Às dezessete, uma pera portuguesa deliciosa.

Na hora de ir embora, às dezoito, peguei a motoca e fui à Gávea, mais precisamente à sede do Mengão. O site Magia Rubro Negra foi convidado a participar do lançamento da nova revista oficial do Flamengo. Eu e o Fernando Holanda fomos representando o Magia. E foi tudo maravilhoso: revista bacana, ídolos, amigos de vários blogs, etc.. Mas nem tudo são flores, uma mesa de quitutes enorme e convidativa, além de bebidas mil, como sucos, refrigerantes e até uísque. E eu? Bom, só água mineral sem gás. Podem acreditar. Amanhã, eu e o Holanda publicaremos a matéria no Magia Rubro Negra. Aqui, vai a foto da mesa de quitutes deste coquetel que eu só olhei.

Galera, resisti bravamente. Tirei fotos com os ídolos e saí feliz da vida. Nem o temporal que peguei de moto no caminho da Gávea à minha casa, na Ilha do Governador, tirou a minha alegria. Cheguei enxarcado. Mas minha esposa esperava-me com uma sopinha para o jantar. Agora, vou comer uma fruta e vou dormir. Feliz da vida pelo dia, afinal não é sempre que podemos tirar uma foto com um ídolo no dia seguinte a ele nos dar tanta alegria como deu ontem.

O cara tem a minha idade e está fininho. Será que eu chego lá? Vamos que vamos!

Largada!

Ontem foi um dia de pouca novidade. O remédio foi entregue e o meu amigo André Costa, parceiro de trabalho do Magia Rubro Negra, presenteou-me com o banner do cabeçalho do blog. De resto, o almoço foi aquela coisa pouca que o médico mandou (minha esposa ficou com pena), mas o resto do dia não foi muito santo. Abusei um tanto.

Hoje, porém, foi dada a largada e não pretendo abusar de coisa alguma. A ideia é seguir a dieta à risca. Acordei, comi um iogurte, tomei meus remédios, o de pressão e o do regime e fui à feira. Comprei frutas para os intervalos entre as refeições principais, pois não posso ficar mais de três horas sem comer. Uma das regras diz que jejuns prolongados prejudicam a dieta. Como sempre, equilíbrio é a palavra.

Comprei coisas para fazer saladas, como alface, agrião, tomate, cebola, pepino e cenoura. Além disso, para o almoço de hoje, filé de dourado para grelhar e limão para temperar. O rango será saudável e sem bebida. Tenho que beber bastante durante o dia, mas não durante as refeições, no mínimo quarenta minutos antes e quarenta minutos depois.

Para o jogo do Mengão, nada das costumeiras duas latinhas de cerveja, mas um litro de água de coco. Sem direito a tira-gosto. O jantar já está planejado, sopa de ervilha, mas sem bacon, sem linguiça (sem trema, como manda a nova regra) e sem torradinha, só ervilha mesmo. Emagrecer exige um saco enorme porque toda a graça da comida vai embora.

Bom, o jeito é fazer um dia de cada vez. Quanto ao remédio, a primeira semana é para ingerir apenas uma vez ao dia. Só a partir do próximo domingo é que passarei a duas vezes por dia. Mas nem tudo é tristeza: pesei-me hoje de manhã, por desencargo de consciência, e a balança marcou 155,4 quilos, ou seja, 400g a menos daquele peso marcado quando da descrição do blog. É pouco, mas já é um início. Marcarei o peso todo domingo.

Hoje é o primeiro dia dos 365. Vamos que vamos!